A servidora Sandra Maria Marconcini teve o trabalho sobre a atuação do farmacêutico no manejo da farmacoterapia insulínica publicado na edição de dezembro da revista: “Experiências exitosas de farmacêuticos no SUS”, editada e distribuída pelo Conselho Federal de Farmácia. O relato de caso retrata o acompanhamento de uma paciente diabética atendida na UBS Caiçara a partir da implementação do serviço de farmácia clínica e adesão ao tratamento e que teve melhora do quadro clínico comprovada.
A paciente acompanhada apresentava diabetes tipo 1 e problemas de adesão a terapia medicamentosa, com importantes variações glicêmicas e picos de hipoglicemia que a levavam a se sentir mal. Durante as consultas farmacêuticas foram feitos encaminhamentos e orientações quanto à farmacoterapia que possibilitaram o desaparecimento das crises de hipoglicemia, com a troca da medicação, e a adesão da paciente.
Conforme a publicação, no primeiro encontro, a paciente recebeu orientações sobre o objetivo da consulta farmacêutica. Em seguida, foram coletados os dados individuais da paciente, histórico de vida, exames recentes, condições de saúde, sinais e sintomas e farmacoterapia.
Nesta primeira consulta foi detectada grande quantidade de picos de hipoglicemia, além de problemas de adesão ao tratamento. Nesta ocasião, procedeu-se o aconselhamento quanto a: como promover do automonitoramento, melhor horário para se aplicar as insulinas, seu armazenamento, a validade das mesmas (foi entregue calendário posológico, bem como orientações escritas sobre as insulinas).
Passados pouco menos de 10 meses em acompanhamento, foi constatado que os valores da hemoglobina glicada tiveram diminuição de 4,47%, porém, mais importante que esse valor, foi a adesão ao tratamento que a paciente conseguiu a partir das orientações e de todo o acompanhamento, que melhoraram significativamente sua qualidade de vida.
Farmácia Clínica
O serviço de farmácia clínica na REMUS foi publicado pela resolução Sesau n.261 de 16 junho de 2016. O objetivo é atender o paciente em consultório disponibilizando várias ações dentre elas: esclare a forma correta de utilização de cada medicamento, bem como verifica a eficácia e segurança do tratamento, além da verificação de interação medicamentosa, conciliação de medicamentos, adesão ao tratamento, orientação sobre descarte de medicamentos, solicitação de exames laboratoriais para acompanhamento do tratamento e encaminhamento para outros profissionais de saúde dentre outras ações como as Práticas Integrativas Complementares (PICs) e ações educativas coletivas e atendimento domiciliar.
Custos da doença
A cidade de Campo Grande teve de custo com serviços hospitalares por complicações pelo diabetes de quase R$ 600 mil, em 2018, tendo um aumento de 4,9% entre 2008 e 2018, segundo dados do DATASUS. A grande maioria desses custos poderia ter sido evitada se os pacientes tivessem recebido uma assistência integral, multiprofissional qualificada.
Assistência farmacêutica
O município conta com farmacêuticos em todos os CAPS, CRS e UPA, assim como todas as Unidades Básicas de Saúde.