quinta-feira, novembro 13, 2025
Início.NotíciaMédicos da Abeso comentam consenso brasileiro sobre cirurgia para tratamento do Diabetes

Médicos da Abeso comentam consenso brasileiro sobre cirurgia para tratamento do Diabetes

Congresso em Gramado (RS) reuniu especialistas sobre o tema.

Na semana em que os olhos do mundo se voltam para o Diabetes, membros da Abeso (Associação Brasileira de Estudo para a Obesidade e Síndrome Metabólica) revelam que procedimentos cirúrgicos para o controle da doença em pacientes com elevado grau de obesidade pode também apresentar bons resultados em indivíduos de IMC inferior a 35. Esse tipo de terapia recebeu consenso favorável de médicos brasileiros no III Congresso Panamericano para Tratamento do Diabetes Melittus Tipo 2, realizado em Gramado (RS) – em total afinidade com as resoluções da International Diabetes Federation (IDF).

Segundo o endocrinologista e membro da Abeso, Alfredo Halpern, há três técnicas disponíveis no Brasil para tal finalidade, afora uma quarta ainda em fase avançada para aprovação (a interposição ileal). Em alguns casos, a medida pode ainda ser aplicável a pacientes com IMC menor que 30. De acordo com o médico os procedimentos mais empregados no controle do diabetes são bypass gástrico, gastrectomia vertical e cirurgia de derivação biliodigestiva.

Dr. Halpern explica que três técnicas (Bypass, derivação biliodigestivo e interposição ileal) baseiam-se na estimulação do hormônio GLP1, responsável pela produção da insulina. O hormônio é gerado no íleo (parte final do intestino delgado) quando este entra em contato com os alimentos. As cirurgias aceleram esse contato, seja pela interposição de parte do íleo para o início do intestino delgado, seja pela passagem do alimento pelo tubo digestivo de maneira mais rápida.

O médico acrescenta que outra terapia, ainda em fase de teste, sem cirurgia, utiliza-se de uma manga (uma espécie de tubo flexível de 60 cm) endoscópica para o controle do diabetes. Por não carecer de cirurgia, esse método apresenta-se muito promissor.

A vice-presidente da Abeso, Dra. Leila Batista Araújo ressalta que “não existe garantia de que a cirurgia vá reverter o diabetes. Deve-se discutir cada caso antes de indicar cirurgia nesta situação – lembrando que aqueles diabéticos obesos de menor duração, que produzem mais insulina, sem outras doenças associadas tem melhor resposta”.

Portal Fator Brasil

RELATED ARTICLES

MAIS POPULARES