Aparelho mostra o caminho da insulina no corpo

Quando recebi o diagnóstico de diabetes, uma das minhas maiores queixas era ter que furar o dedo várias vezes ao dia para monitorar a glicose. Apesar de incomodar, eu sabia que não tinha o que fazer. Sem monitorar não teria como eu controlar o diabetes, e isso poderia me trazer complicações no futuro.

Por isso, eu sempre aguentei as dores e durante muito tempo furava os dedos pelo menos 8 vezes ao dia. Hoje, eu faço isso apenas 2 vezes ou quando desconfio que estou com hipoglicemia. Isso não significa que deixei de monitor a glicose, tá? Apenas passei a usar o celular nessa missão.

Além de ser indolor, a medição pelo telefone me permite ter informações sobre o meu diabetes que eu jamais imaginaria ter se não fosse o sensor de glicose.

Quero deixar claro que esse não é um texto patrocinado. Decidi escrevê-lo com o objetivo de informar e alertar tantas pessoas que não sabem desta opção para monitorar o diabetes. E, por incrível que pareça, o sensor de glicose é distribuído de graça em algumas cidades e até estados, desde que a pessoa com diabetes atenda aos critérios estabelecidos pelas secretarias de saúde. Mas isso é assunto para um outro texto. Neste, eu quero contar como sensor de glicose funciona e ajuda as pessoas com diabetes.

Há três anos decidi testar um sensor de glicose. Confesso que estava desconfiado, mas meu médico na época falava tão bem do dispositivo que decidi experimentar. Comprei o sensor de glicose na farmácia e o primeiro desafio foi instalar no braço. Tive que ler a bula inteira para não cometer nenhum erro. Segui todas as instruções. Foi mais fácil do que eu imaginava.

Baixei o aplicativo no meu celular – FreeStyle Libre Link – e em 60 minutos fiz minha primeira medição. Abri o aplicativo, cliquei em rastrear e apareceu o resultado. Fiquei feliz na hora, mas não tinha ideia da liberdade e da segurança que o dispositivo me traria a partir daquele momento.

Não é só ver o resultado, é um combo completo de informação que te ajuda a entender melhor sobre como seu corpo reage ao diabetes. Além da quantidade de glicose que aparece, o sensor faz um monitoramento contínuo e um gráfico vai se formando, mostrando o caminho que a sua glicose está percorrendo. As setas de tendência também

Isso tudo são informações que nos ajudam a tomar uma melhor decisão. Afinal, controlando melhor o diabetes, podemos evitar as temidas complicações que a doença pode causar no futuro.

Os dados coletados pelo sensor de glicose também são enviados para o seu médico, que consegue ter todas as informações, em uma outra plataforma.

No Brasil, apenas um modelo de sensor de glicose é comercializado nas farmácias. Ele tem duração de 14 dias. Depois, precisa ser trocado. O fabricante recomenda colocar o dispositivo na parte posterior do braço.

O FreeStyle LibreLink pode ser baixado e usados nos sistemas iOS11 para Iphone 7 e Andoid 5.0 e que tenham a função NFC – Near-Fiel Communication- habilitada.

Se você quer saber mais sobre o sensor de glicose e tirar suas dúvidas, participe da jornada de lives em comemoração aos cinco anos do canal Um Diabético. O evento é gratuito e acontece nos dias 24, 25 e 26 de junho às 21h. Faça sua inscrição no link festa.umdiabetico.com.br.