Bisavó de Long Island é uma das americanas vivas mais velhas com diabetes tipo 1.
Foi-lhe dito quando criança que ela não viveria mais do que alguns anos. Como relata Carolyn Gusoff, da CBS2, os médicos dizem que sua longevidade é uma prova da grande esperança de uma vida plena.
“Disseram-me que provavelmente teria uma vida útil de três a cinco anos”, falou Libby Lashansky.
Lashansky teve muito tempo para provar que seus médicos da década de 1940 estavam errados.
Aos 11 anos, ela foi diagnosticada com diabetes tipo 1. A mulher, Great Neck, agora com 92 anos, está entre os poucos pacientes mais velhos com o diagnóstico ao longo da vida.
“Naquela época, eles achavam que sabiam o que estavam fazendo”, disse Lashansky.
“Realmente é um milagre porque após seu diagnóstico, ninguém esperava que ela vivesse tanto”, disse o genro Saul Brenner.
Até a descoberta da insulina há um século, o diabetes juvenil, como chamado até então, era considerado uma sentença de morte. Disseram a Lashansky para manter isso em segredo e que sua vida seria curta e limitada.
“Disseram-me que eu não deveria ter filhos. Isso me mataria”, relatou Lashansky.
Dois filhos, sete netos e três bisnetos depois, ela lembra de uma vida plena. Também se tornou médica.
“Os tempos mudaram”, disse.
Ela credita aos grandes avanços no monitoramento de glicose e bombas de insulina. As injeções que ela dá a si mesma cinco vezes ao dia têm agulhas menores, e o controle primitivo já não existe faz tempo.
“Eu teria que usar um fósforo, acender o pavio e depois segurar o tubo de ensaio sobre a chama”, disse Lashansky.
Agora, a tecnologia lhe dá uma leitura de açúcar a cada cinco minutos.
Já a família credita sua longevidade à sua disciplina.
“Tenha um prato equilibrado entre os carboidratos, as proteínas e as gorduras”, disse Lashansky.
Os médicos dizem que ela é uma inspiração.
“Eu sou aquela que diz aos paciente, – acho que você tem diabetes tipo 1. Poder dar a eles essa esperança, é realmente uma coisa maravilhosa”, disse a Dra. Rifka Schulman-Rosenbaum, diretora de diabetes para pacientes internados na Centro Médico Judaico de Long Island.
A JDRF International, a principal organização global de pesquisa e defesa do diabetes tipo 1, disse à CBS2: “Hoje, as pessoas com diabetes tipo 1 estão vivendo vidas mais longas e saudáveis, o que é uma prova dos muitos avanços de pesquisa em opções de tratamento, incluindo desenvolvimento de medicamentos, dispositivos, e intervenções de saúde comportamental.”
Ainda não há cura para o diabetes tipo 1. Lashansky sempre esperou por isso, mas diz que não perdeu nada.
“Eu pratiquei a medicina. Eu vivi uma vida perfeitamente normal”, disse. “Diabetes, se a pessoa for cuidadosa e se vigiar, não é uma sentença de morte.”
Ela chama sua velhice de uma coisa inimaginável.
Um milhão e meio de americanos têm diabetes tipo 1.